Maria Victoria tem 29 anos e acha difícil separar o seu eu além do empreendedorismo, já que em qualquer memória de sua infância, estava com uma máquina fotográfica na mão.
Como começou a empreender?
Assim que se formou na escola, Maria iniciou a faculdade; mas no curso que sua mãe queria: administração. Porém, ela conta que em paralelo fez cursos de fotografia, o que realmente amava. Sua primeira experiência profissional foi em empresa, pois acreditava que precisava criar uma reserva de emergência para ter uma segurança financeira quando começasse de fato a focar na fotografia.
Claro que, mesmo trabalhando em escritório e fazendo faculdade, Maria continuava se dedicando à fotografia. Usava todo o seu tempo livre e já conseguia oferecer seus serviços como fotógrafa.
Aos 23 anos resolveu sair do seu trabalho na empresa e se dedicar apenas ao que amava fazer.
Qual seu maior conselho para as empreendedoras?
Ela conta que aprendeu que não é preciso encarar todo mundo que trabalha na sua área como concorrentes. Ela diz que conheceu muitos outros fotógrafos nos cursos que fez e que começou a receber clientes deles. Muitas vezes, quando um fotógrafo colega está com a agenda cheia, acaba encaminhando novos clientes para outros profissionais. Por isso fala da importância de se conectar com outros profissionais da mesma área e não encarar com rivalidade, pois assim todos crescem juntos.
Ela também não tem medo de receber não. Por isso, vai atrás de novos clientes e parceiros em qualquer oportunidade que enxerga. Se ela vai em um evento legal e não tem fotógrafo, manda um e-mail e se mostra disponível para aquele evento. Por isso, divulgue o seu trabalho, mande e-mail, mensagens e se conecte com novas pessoas. Mesmo que na hora a resposta seja negativa, em algum momento esse contato pode retornar de forma positiva para você.
Até hoje, qual o maior desafio que já enfrentou?
Ela conta que é privilegiada, pois no seu trabalho está sempre vivendo os momentos bons da vida de seus clientes, como por exemplo, seus casamentos e festas.
Ela conta que fotografar é o que ela mais ama fazer e não tem desafio nisso, só prazer. Porém, como toda empreendedora, precisa realizar outras atividades desafiadoras, além da câmera, como lidar com clientes que muitas vezes desvalorizam o trabalho realizado, gerenciar o seu perfil no instagram, fechar orçamentos etc.
Outro desafio que cita é que precisou aprender a lidar com a sazonalidade da profissão. Em alguns períodos do ano, a procura pelo serviço de fotografia cai muito. Ela conta que já está fazendo isso há 10 anos e mesmo assim ainda fica tensa nesses momentos.
E o que mais se orgulha?
Antes de começar a pandemia, ela fez um curso de ensaio feminino. Quando começou a pandemia, os eventos, que eram a sua maior fonte de renda, foram cancelados. Mas como ela tinha acabado de completar esse curso, criou um perfil no instagram voltado para fazer ensaio de mulheres e deu muito certo. Ela diz que ia até a casa das clientes, com uma equipe bem reduzida e esse formato fluiu demais. Por isso, ela diz que no momento que poderia ter sido o mais desafiador em sua carreia, conseguiu se reinventar.
Qual seu sonho?
Ela conta que ama viajar e sonha em conciliar a fotografia com pessoas, por isso gostaria muito de poder viajar e fotografar pessoas fora do país.
Qual empreendedora que todo mundo deveria conhecer?
Maria diz que admira demais a Mari Barboza, que é uma das sócias da Loja da Empreendedora e que também é CEO e fundadora da Fash and Co. Ela também cita Anitta e Boca Rosa, por suas histórias de superação.
Conheça as duas empresas da Maria: a Mavic Ensaios e Mavic Eventos.