Letícia Michels já chega contando 3 curiosidades sobre ela.
A primeira é que tem 30 anos e é metade brasileira, metade paraguaia. Seu pai é brasileiro e sua mãe é paraguaia. Por isso, fala espanhol fluente. Qué bueno, rsrs.
A segunda é sua paixão pelo esporte paddle, que divide seu tempo com a rotina do trabalho. A terceira curiosidade é que a Lê é a louca dos signos. Sempre pergunta para todo mundo que conhece: “qual é seu o signo?”. Te entendemos, Lê! Adoramos esse assunto por aqui também.
Como começou a empreender?
Letícia conta que sua trajetória começou na faculdade. Ela é formada em Design de Moda e desde a época da faculdade, já tinha vontade de empreender. Inclusive, Lê disse que ter um negócio sempre foi uma certeza em sua vida, principalmente pelo contexto que está inserida. Ela tem muitos exemplos na família de pessoas empreendedoras.
Começando pela sua mãe, que apesar de ser dentista, é autônoma e dona da sua própria clínica. Inclusive, a Lê conta que sua mãe tem uma veia empreendedora muito forte e que sempre a impulsionou para seguir esse caminho. Sua vó também tinha negócio próprio, então Lê acredita que foi algo natural empreender.
E foi durante a faculdade que a Lê criou sua marca de moda. Ela sempre gostou de colocar a mão na massa e começou vendendo algumas roupas para suas amigas. Aí, muitas outras pessoas começaram a pedir e ela vendia pelo Facebook.
E tchan ran, foi aí que a Lê viu que era isso mesmo que ela queria. Em paralelo, ela foi estudando sobre o slow fashion e conta que nesse momento, deu vontade de fazer uma coisa diferente relacionado a esse movimento, que até então estava no início. E não é que casou com sua vontade de empreender? O match perfeito, né Lê?
Resumindo, sua marca começou como uma brincadeira e ela foi amadurecendo a ideia aos poucos, até idealizar a marca de fato. Quando se formou, a Lê reestruturou seu business e o resto a gente já sabe: virou um sucesso! Uhuuu!
Qual seu maior conselho para as empreendedoras?
Sua maior dica é para começar a agir de acordo com o “lugar” que você quer chegar e não de acordo com o momento que você está. Lê dá um exemplo pra ilustrar: quando você começa de casa e não paga aluguel, na hora de precificar seu produto ou seu serviço, você não considera esse custo, certo? Mas lá na frente, se o teu desejo é ter um espaço, a Lê sugere que é bom já deixar uma margem pensando nisso, porque vai ser complicado embutir esse custo fixo no preço de um produto que já está circulando, afinal, as clientes já estão acostumadas com aquele valor.
Além disso, Lê comenta que esse conselho vale para todas as áreas e dá outro exemplo: quando você vai contratar uma funcionária, bate aquela dúvida se vale a pena registrar porque são muitos encargos. No entanto, se você pensar lá na frente, que deseja ter uma equipe grande e quer fazer tudo de forma correta, ela acredita que você já deve contratar a sua primeira funcionária da forma certa.
Resumindo, Lê fala pra gente tomar as decisões visando onde a gente quer chegar.
Adoramos ouvir a sua visão, Lê! Obrigada, obrigada, obrigada!
Até hoje, qual o maior desafio que já enfrentou?
Lê conta que já enfrentou vários, mas o maior deles, está passando nesse exato momento. Adivinha qual é, empreendedora? Sim, lidar com o crescimento da empresa, que engloba estruturar a equipe, delegar funções, criar processos e por aí vai.
Podemos te falar uma coisa, Lê? Acreditamos que você está indo muito bem. É visível e incrível o seu crescimento. Daqui um tempo, queremos que você volte pra contar seus maiores aprendizados nisso, combinado? Vamos precisar por aqui <3 <3
Pode contar algo que deu errado na sua trajetória?
Lê conta que foi quando abriu uma loja temporária e colaborativa em Balneário Camboriú, que é uma cidade de Veraneio em Santa Catarina. Ela se juntou com uma marca que era lá de Camboriú e tiveram o insight de criar uma loja por três meses nessa cidade, afinal, é um centro comercial muito forte principalmente no verão.
Lê conta que alugaram uma sala, equiparam a loja, fizeram móveis e foram atrás de outras marcas parceiras também. E para reduzir os custos ao máximo, ela e sua sócia da loja se revezavam no caixa e no atendimento. Lê conta que passou dezembro, janeiro e fevereiro trabalhando de segunda a sábado, das 10 da manhã às 10 da noite, numa cidade que não conhecia e numa área que é fora da sua zona de conforto. Lê conta que teve que se desafiar muito porque é zero “vendas e comercial”. Ela é dos bastidores, da produção, do desenvolvimento.
Mas, no fim das contas, não foi esse o perrengue. Lê conta que não deu nada certo, pois não conseguiram faturar o que imaginavam, até porque o ponto que estava dentro do orçamento não era um ponto muito estratégico. Ela disse que foi bem frustrante na época pelo tanto de esforço e energia dedicada.
Mas enfim, encarou o desafio e levou muitos aprendizados. Passou, ufa!
E o que mais se orgulha?
Lê conta que é o seu produto (um parênteses aqui pra enaltecer realmente suas criações. Elas são maravilhosas de verdade!).
Continuando. Lê conta que é muito difícil produzir no Brasil quando se é uma marca pequena e ter uma cadeia produtiva 100% interna é um orgulho imenso. Ela disse que foram inúmeros obstáculos, desde estrutura, mão de obra, acesso a maquinário. E claro, ela passou por um processo longo de evolução de modelagem, acabamento e grade de tamanhos também.
Lê, você está certíssima. Deve se orgulhar e muito!
Qual seu sonho?
Lê compartilha que seu sonho está muito mais linkado à sua qualidade de vida como mulher empreendedora do que aonde ela enxerga seu negócio. Por isso, seu maior sonho é ter uma equipe com operações bem alinhadas para que ela consiga crescer com a empresa, mas ao mesmo tempo ter uma vida pessoal mais equilibrada e uma rotina saudável. Adoramos ouvir isso, Lê! Fez todo sentido!
Querem saber mais um sonho da Lê? Talvez abrir uma loja física no Rio de Janeiro, para que ela consiga morar lá alguns meses. Lê conta que é apaixonada pelo Rio de Janeiro.
Já estamos na torcida aqui Lê! Vai ser incrível demais!
Qual empreendedora que todo mundo deveria conhecer?
Lê compartilha mais uma curiosidade sobre ela: não consome muito conteúdo sobre empreendedorismo. Ela confessa que já vive isso diariamente e na hora de consumir conteúdo prioriza coisas mais de lazer.
Mas, ela lembrou de uma empreendedora que conheceu no Instagram e admira demais: a Emanuela, da Ecle. Lê conta que elas trocam muita figurinha sobre empreendedorismo e que adora acompanhar sua rotina, afinal, ela faz todo o processo produtivo das peças e mostra os bastidores da marca. Bora se inspirar também? Siga a Ecle aqui.
Sobre a marca Letícia Michels
A Letícia Michels é uma marca de moda com alguns diferenciais: produção sob demanda e uma grade de tamanho super completa (do 34 ao 54). Além disso, existe ainda a opção de fazer sob medida, ou seja, a marca consegue oferecer a personalização de medidas. Tudo isso porque todo o processo, desde a criação das peças, desenvolvimento de modelagem, pilotagem, costura, acabamento e passadoria, são feitos internamente no ateliê físico.
As peças são mais atemporais e clássicas, mas sempre com aquela pegada mais despojada e com um pouco de toque de tendência também.
Pra complementar, nós aqui da Loja, temos que falar sobre os conteúdos criativos e aesthetic da Letícia Michels. Então, além de amarmos todas as roupas, amamos tudo o que a marca vem postando nas redes sociais.