Como começou? Conta um pouquinho da sua trajetória com o empreendedorismo.
Kami Hauer teve seu primeiro contato com o empreendedorismo ainda criança, quando seu pai comprou um mercado. Ela conta que estava sempre por perto e absorveu muito da experiência de seu pai passando pelas fases boas e as desafiadoras da rotina empreendedora. Ela chegou até a produzir seus próprios produtos, pulseiras de miçanga, e vender no mercado da família. Mas como muitas de nós, apesar da vontade de empreendeder, Kami escolheu outra área e fez bacharel em direito, apesar de nunca ter exercido a profissão.
Sua primeira experiência como dona do próprio negócio foi quando abriu uma marca de bordados à mão. Mas logo depois voltou para o mercado CLT e após várias oportunidades de emprego, ela entendeu que não teria jeito; nasceu para empreender.
Foi depois da pandemia que abriu uma agência de comunicação com outras duas sócias onde cuidava da gestão das redes sociais de vários clientes. Mas há poucos meses, Kami resolveu arriscar e iniciou seu business em carreira solo, ainda na mesma área e passou a olhar o business deles como um todo e, por isso, consegue impactar ainda mais na marca e no resultado deles.
Ela também conta que em paralelo a toda essa migração de business, ela produz, há bastante tempo, uma banda de pagode e que começou com esse trabalho, de fazer stories em tempo real em eventos, quando ninguém fazia isso.
Até hoje, qual foi o maior desafio que já enfrentou?
Ela conta que foi um grande desafio concluir a faculdade de Direito. Desde o terceiro período, já sabia que não exerceria a profissão, mas que precisava concluir o curso antes de partir para a próxima fase. Fora a culpa de não ter exercido o direito, ela também cita o desafio de ignorar opinião de terceiros em relação as suas decisões. Tenha certeza de que você não é a única, Kami.
Ela diz que, para ajudá-la a enfrentar isso, recorreu à terapia e que hoje tem mais facilidade de entender que as pessoas que realmente importam, a apoiam incondicionalmente e que a desaprovação das pessoas não poderia tomar tanto espaço.
Inclusive, empreendedora, esse é um lembrete: se você tiver oportunidade, não deixe de fazer terapia. Empreender é um dos trabalhos mais difíceis do mundo e temos certeza de que a terapia pode ajudar muito. Se você não tiver condições, procure grupos de apoio ou terapias voluntárias.
Conta pra gente algo que deu muito errado na sua trajetória empreendendo?
Aprender seus limites é um dos grandes desafios para Kami e ela conta que já adoeceu algumas vezes por não conseguir parar e se priorizar. Por isso, sempre falamos, o descanso é tão importante para o seu negócio quanto o seu faturamento; afinal, se você parar, muitas coisas no seu negócio precisarão parar também.
Ela conta que em vários momentos percebeu que já tinha ultrapassado os seus limites e que deixou outras áreas da vida de lado. Nós, empreendedoras, muitas vezes trabalhamos mais do que empregos tradicionais CLTs, mas precisamos nos lembrar que o trabalho não é o único ponto importante.
Outro problema que ela contou que já teve é algo bom, do tipo que qualquer empreendedora já passou ou vai passar e faz parte do crescimento. Quando tinha sua marca de bordados, atingiu seu limite de tempo e capacidade produtiva. Mesmo que quisesse encaixar mais clientes, não conseguiria. Esse ponto normalmente afeta empresárias que trabalham com serviço. Neste momento, é importante ser criativa e abrir outras possibilidades para escalar seu negócio.
Qual seu maior conselho para as empreendedoras?
Nossa, são tantos conselhos incríveis dados pela Kami, vamos lá!
1. “Não desista, siga o seu feeling, estude muito, se espelhe em pessoas que transmitam a essência em que você acredita e não ligue para o que as outras pessoas vão falar."
2. “Olhe para frente, siga sem ter medo do que vai encontrar de obstáculo. Afinal, obstáculos estão ali para serem vencidos. Um passo à frente e você já não está mais no mesmo lugar.
Every step counts
3. “Pense de forma intencional naquilo que você está sentindo, mas, lógico, seja racional; afinal, o empreendedorismo precisa ser sustentável. Viver de um sonho é fazer com que esse sonho se torne real. É todos os dias construir um pouquinho da sua trajetória.”
4. 'Existirão dificuldades, muitas dificuldades. Então o maior conselho é acreditar, estudar e seguir.”
E o que você mais se orgulha?
Um motivo de orgulho para Kami é nunca ter desistido. Mesmo diante de tantos desafios e limitações, ela continuou acreditando no empreendedorismo e no seu sonho. Ela conta que no início era bem difícil falar para as pessoas que mesmo sendo advogada, estava investindo em uma empresa de bordado. Recomeçar nunca é fácil e requer muita coragem e fazer isso aos 32 anos também é um motivo de orgulho para ela.
Qual seu sonho? Onde você ainda quer chegar?
O trabalho da Kami é daqueles trabalhos que impactam várias pessoas. Ela conta que além de ter vários sonhos, uma de suas grandes conquistas é ver seus clientes crescerem. É super satisfatório, ela conta, quando um cliente acredita em seu trabalho, a contrata e consegue alcançar seus objetivos.
Muitos de seus clientes que prestam serviço como social são regionais, então ela está buscando, cada vez mais, que ganhem relevância na cidade onde estão localizados.
“E o trabalho bem executado derruba todas as barreiras. E o meu maior sonho hoje é crescer ajudando essas pessoas que confiam no meu trabalho, sabe? Assim como qualquer outra pessoa que chegar pra mim com um projeto no qual eu acredite que seja algo que realmente fará diferença na vida das pessoas, eu vou abraçar e vou dar 100% de mim porque é isso que eu faço.”
Qual empreendedora que todo mundo deveria conhecer?
Ela brinca e pede para citar duas. Conta que acredita muito em negócios que têm propósito, que abraçam, apoiam e incentivam seu público-alvo a correr atrás dos seus sonhos. Lembrou de alguma marca, empreendedora? Ela promete que não é puxa-saco da Loja da Empreendedora, mas cita a Cami e a Mari.
Kami relata que apesar de nunca ter sofrido nenhum tipo de preconceito ou desdém de outros por sua profissão, sabe que muitas mulheres que empreendem precisam lidar com machismo e muitas pessoas duvidando do que fazem e acha que a Loja da Empreendedora abraça essas mulheres.
Kami também conta que muitas vezes nós acabamos nos inspirando e indicando mulheres que já ganharam o mundo e construíram seu próprio império, mas que sente que precisa ajudar e indicar o trabalho de quem ainda está começando e em crescimento. É isso, Kami, vamos nos apoiando e crescendo juntas.
Fala pra gente uma música que não pode faltar na nossa playlist?
Clareou, Xande de Pilares.
Vamos divulgar o seu trabalho?
Há poucos meses, Kami, mais uma vez, colocou toda a sua coragem pra jogo e investiu na sua carreia solo. Acreditando que não existem ideias ruins, ela é a pessoa certa para te ajudar a compartilhar a sua ideia com o mundo, gerir seus projetos e te auxiliar tanto na parte online como na offline reforçando seu branding, área em que está se especializando. Ela consegue traduzir o seu amor pela sua marca e fazer com que todo mundo se apaixone por ela junto com você.
Sua nova marca chama Kami Hauer, uma empresa de gestão de projetos criativos. Uma empresa que dá suporte, comunica, é criativa e resgata a essência de outras marcas compartilhando com o mundo.
Além disso, você também pode ver um pouco do trabalho da Kami no perfil da Banda Destak, onde cobre em formato de stories todo o conteúdo durante os shows e o perfil da Cana Brava Boteco, que faz todo o gerenciamento de projetos, branding e social.
Curtiu conhecer a história de mais uma empreendedora? Deixe aqui embaixo, nos comentários, uma empreendora que você admira e que precisa sair nos próximos Empreendedora do Mês.